Um estrangeiro, que se dirigia a uma pequena vila, parou diante de uma pobre cabana e pediu à senhora, que estava sentada diante da porta, qualquer coisa para comer. - Sinto muito, senhor, mas não tenho nada. - Não se preocupe, disse o estrangeiro. Eu tenho na sacola uma pedra para sopa. Se você deixar que eu a coloque numa panela de água fervendo, eu preparo a mais deliciosa sopa do mundo. Preciso apenas de uma panela grande, por favor. A senhora estava curiosa. Deu-lhe a panela e foi confiar o segredo da pedra para a sopa a uma vizinha. Quando a água começou a ferver, estavam aí todos os vizinhos para ver o estrangeiro e a sua pedra. Ele colocou a pedra na água, depois experimentou e disse com simplicidade: - Que delícia! Falta só um pouco de batata. - Eu tenho batatas na cozinha, disse uma vizinha. Poucos minutos depois estava de volta com uma grande quantidade de batatas cortadas em pedaços, que foram colocados na panela. O estrangeiro experimentou novamente: - Excelente... Se houvesse um pouco de carne e um pouco de verdura, teria um sabor refinado. Outra mulher correu até sua casa para pegar um pouco de carne e outra foi buscar cebolas. Depois de colocar tudo na panela, o estrangeiro experimentou o caldo e disse: - Falta um pouco de sal. - Ei-lo, disse a dona da casa. - Tigelas e pratos para todos! - falou o estrangeiro. As pessoas correram para pegar pratos e tigelas, e alguns trouxeram também frutas e mandioca. Todos sentaram-se em torno ao estrangeiro que distribuía a sopa para todos em abundância. Todos sentiram uma estranha felicidade: riam, falavam, comiam juntos. O estrangeiro, depois de permanecer um pouco com eles, desapareceu silenciosamente, em meio à alegria geral. Deixou, porém a pedra milagrosa para que pudessem usá-la todas as vezes que quisessem preparar a melhor sopa do mundo.
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Anthony de Mello Livre adaptação do livro: La preghiera della rana - Paoline Milano
quinta-feira, 12 de junho de 2008
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